As desigualdades educacionais já evidentes antes da pandemia persistem e em muitos casos se aprofundaram. Entre 2013 e 2023 cresceram as disparidades de aprendizagem entre estudantes pretos, pardos e indígenas na comparação com os estudantes brancos e amarelos. É o que revela estudo divulgado nesta segunda-feira (28/4) pela organização Todos pela Educação e o Iede, Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional.
A análise leva em consideração os resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), com o desempenho dos alunos do 5º e do 9º ano do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio de alunos matriculados na rede pública. São levadas em consideração duas disciplinas: língua portuguesa e matemática.
As diferenças mais acentuadas foram constatadas no 9º ano. Em 2023, 45,6 % dos alunos brancos e amarelos alcançaram um desempenho considerado satisfatório na língua portuguesa, enquanto outro grupo, de pretos, pardos e indígenas, não aram do índice de 31,5%. Em 2013, a diferença entre os dois grupos era de 9,6 % e, agora, está em 14,1%
Em matemática, a defasagem entre os dois grupos nesse período de dez anos cresceu 2,4%. Já no 5º ano do Ensino Fundamental, o padrão também se repetiu. Em matemática, a defasagem entre os dois grupos subiu de 8,6% para 9,5 % nesse período de dez anos. Em língua portuguesa a diferença cresceu 0,3%.
No Ensino Médio, a desigualdade racial na aprendizagem também aumentou em língua portuguesa. A distância entre os dois grupos aumentou 2,9% no período analisado.
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.